domingo, setembro 30, 2007

Pastoral americana

Pastoral americana
Philip Roth
Nunca um livro foi tão atual. A leitura de “Pastoral americana*”, de Philip Roth, é fundamental nos dias que correm, quando a classe média americana começa a despertar do idílio consigo mesma e, perplexa, percebe que sua pastoral inocente e feliz pode ser bruscamente interrompida por tiros dados por seus próprios filhos dentro das escolas e universidades, tiros à esmo, lanchonetes lambuzadas de sangue e crianças louras abatidas como pássaros em vôo. Quando a sua juventude vai para o Iraque e tortura impunemente, quando essa mesma sociedade percebe, com a explosão do 11 de setembro, que o horror também pode chegar até seu continente até agora inalcançável e limpo; ela descobre que há algo de podre no reino da Dinamarca. E fica perplexa..
Philip Roth, de uma felicidade rara nesse título pesado de ironia, faz neste livro uma análise do “ideal americano”. Começa por construir um herói cheio de glamour, bom filho, bom atleta, bom estudante, bom amigo, posteriormente pai e marido exemplar. O honesto Seymour Levov é um homem modelar. Correto, liberal, bom e justo. À moda do “ideal americano”. E dentro desta inocência toda está a bomba relógio tiquetaqueando, pronta a irromper pelos ares e destruir a ilusão de “bom mocismo” americana.
“.... ele aprendeu a maior lição que a vida pode ensinar – que ela não faz sentido. E quando isso acontece a felicidade nunca mais é espontânea. É artificial e, mesmo então, obtida ao preço de um tenaz alheamento de si mesmo e da própria história. O homem bom e gentil, com seu jeito brando de lidar com o conflito e a contradição....... se defronta com um adversário que nada tem de correto – o mal inextirpável das relações humanas."
O livro , que se divide em três partes - “Paraíso relembrado”,” A queda” e “Paraíso perdido” – foi editado em 1998 pela Companhia das Letras.
É imperdível.

*Pastoral: poema que narra a vida idílica no campo, os amores suaves dos pastores e camponesas em uma atmosfera de inocência e felicidade.

Vera do Val

sexta-feira, setembro 28, 2007

Francisco Rebolo

Palhoça com meninas

domingo, setembro 23, 2007

Dur, Dur

Banana Yoshimoto

Banana Yoshimoto nasceu em Tokyo no dia 24 de julho de 1964. Seu nome verdadeiro é Yoshimoto Maiko e escolheu este pseudônimo porque gostou da sonoridade. Seu pai, Yoshimoto Takaaki, é crítico literário, logo, Banana esteve, desde muito cedo, ligada ao mundo da literatura. Ela estudou artes e literatura na universida Nihon e ganhou seu primeiro prêmio literário em 1986 com sua novela "Moonlight Shadow". Em 1987, Banana escreveu a novela que a tornou mundialmente famosa, "Kitchen" que foi ganhadora do Kaien Magazine New Writer, um prêmio concedido a novos escritores.

Comprei e li ainda em Bruxelas, em maio, este livro, Dur, Dur que reúne duas pequenas novelas que tratam da morte, da memória, das relações familiares e outras.

A primeira conta a história de uma mulher que está ‘rememorando’ sua relação com outra mulher que morreu, logo depois do rompimento das duas, em um incêndio em seu apartamento. A segunda história é sobre a morte da irmã da narradora, ela conta a dor, a sua e a da família ao se depararem, do dia para a noite, com a inevitável morte de uma pessoa tão jovem e querida. O tema em si não é tão orginal, mas é narrado com muita sensibilidade. Eu gostei muito, principalmente desta segunda novela.

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quinta-feira, setembro 20, 2007

Nobel 2006 - Pamuk destrincha a arte de escrever


O escritor turco explica diante da Academia Sueca as dificuldades e a grandeza da literatura

A descrição às vezes dramática do trajeto da criação literária, num ambiente e num tempo em que a arte de escrever e a cultura em geral não eram estimadas nem estimuladas, concentrou o discurso pronunciado pelo prêmio Nobel de literatura Orhan Pamuk (nascido em Istambul em 1952) na Academia Sueca. Trata-se de uma tradição que se repete todo ano com expectativa renovada, porque cada escritor traz consigo uma experiência intransferível.
Orhan Pamuk diz que escrever é uma tarefa que exige doses de paciência e de esperança
"A mala do meu pai" foi o título que o escritor turco deu a sua dissertação, uma mala com seus textos que o pai lhe entregou dois anos antes de morrer - há quatro -, como quem deixa algo sem maior importância, e que acompanhou de palavras ditas como que de passagem: "Você verá se alguma coisa que está aí serve para algo. Talvez você possa fazer uma seleção e publicar".
O pai havia sido um homem culto, inclinado a viver bem com seus amigos, com os quais compartilhava pontos de vista sobre quase todas as coisas, o que lhe permitia escapar de controvérsias. Em busca de seu bem-estar pessoal, havia sacrificado sua relação com a família, a qual abandonava por longos períodos para viajar a Paris - entre outros lugares -, onde adquiria livros, assistia a espetáculos, encontrava-se com pessoas interessantes. Não era só a fuga do mundo familiar, mas de um ambiente, o de Istambul, que significava isolamento. Fruto dessas viagens, segundo comprovou seu filho mais tarde, era o conteúdo dessa mala de couro preto, com um perfume peculiar que evocava os tempos de sua infância e juventude, e que o confrontava com a relação com seu pai, uma longa relação de atração e rejeição.
Pamuk lembrou então a grande biblioteca de seu pai, sua vocação inicial para se transformar em poeta, suas traduções de Valéry para o idioma turco, em um país pobre onde a profissão de literato não justificava o esforço que esse caminho exigia. Foi isso, a dureza do ofício, o que acabou por dissuadi-lo de perseverar em sua vocação e o fez optar pelos negócios, seguindo uma tradição herdada do pai.
Os temores de abrir a mala eram diferentes. Podia acontecer que o conteúdo não fosse de seu agrado, mas também podia ser que ele descobrisse que seu pai havia sido um bom escritor. Se isso ocorresse, Pamuk se encontraria diante de uma faceta do pai que não conhecia e que lhe causava certa inquietação.
A partir dessas anedotas, Pamuk descreveu o processo de criação literária. "Depois de muitos anos de trabalho, creio que ser escritor significa descobrir a pessoa secreta que abrigamos e o mundo interno que torna possível essa pessoa." "A literatura não evoca em mim inicialmente nem romance nem poesia", afirmou Pamuk, "mas uma pessoa que na solidão de seu quarto empreende a tarefa de reconstruir seu mundo interior com palavras, e que pretende torná-lo visível para os outros."
E comparou essa tarefa à de um pedreiro que, tijolo a tijolo, pedra sobre pedra, constrói uma ponte ou uma cúpula. Uma tarefa que exige enorme dose de paciência e também de esperança. Algo que representa muito bem, segundo o escritor, uma expressão popular turca: "cavar um poço com uma agulha".
E que de alguma maneira resgata em seu romance, "Meu Nome É Vermelho", com a descrição dos pintores persas de miniaturas. Para poder descrever a própria vida, assim como a de outros, e sentir a força da criação, o escritor deve pacientemente dedicar todos os seus esforços a essa tarefa. A literatura se transforma então, segundo Pamuk, em um conjunto das coisas mais valiosas criadas pelo homem para compreender a si mesmo.
O escritor que inicia essa viagem compreende, com o passar dos anos, que escrever é a arte de apresentar sua história como se fora a dos outros, e a destes como se fora a sua. Essa vinculação da literatura com os melhores valores da humanidade indica que a queima de livros e o desprezo aos escritores são presságios de tempos obscuros e irracionais.
Aos 23 anos, Pamuk decidiu dedicar sua vida à criação literária. Não foi estranha a essa escolha a complexa relação com seu pai, que, ao contrário da mãe, o incentivou a ser fiel a sua vocação. Talvez para ver realizada no filho a aventura que ele não se animou a empreender. Depois que o escritor lhe mostrou o manuscrito de seu primeiro romance, porque confiava em seu julgamento, mas ao mesmo tempo o temia, disse-lhe, depois de abraçá-lo, que um dia receberia o Prêmio Nobel. Não porque acreditasse nisso, contou Pamuk, mas falou como um pai turco diz a seu filho, para lhe dar confiança, que um dia vai receber o título de paxá. "Gostaria que meu pai estivesse hoje entre nós", finalizou o escritor.

Ricardo Moreno - El País
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

segunda-feira, setembro 17, 2007

Francisco Rebolo

Paisagem com casas


Lagoa

terça-feira, setembro 11, 2007

Nestor de Holanda - Como seria o Brasil socialista


Nestor de Holanda
Como seria o Brasil socialista
Cadernos do Povo Brasileiro n. 8
Rio de Janeiro
Editora Civilização Brasileira, 1963.

De repente meus olhos bateram em um livro de pequeno tamanho que estava adormecido na estante de um sebo ladeado por confetes, serpentinas, guerras, quixotes e punhado de outros. Como tamanho não é documento, tomei aquela raridade entre as mãos; abri-a e no mesmo instante voei no tempo, de volta ao passado. Capinha de papelão, bem simples, mas ainda conservada. Lombada durinha, esticada de ponta a ponta, orgulhosa, mas com desgastes e amarelados feito pelas décadas.
O livrinho, formato 17X14, tem por título “Como seria o Brasil socialista” e beira a centena de páginas. Número 8 da série “Cadernos do Povo Brasileiro”, da Editora Civilização Brasileira. O ano de publicação é 1963 e seu autor Nestor de Holanda. Passei no caixa, troquei algumas palavras com ele e com alguns fregueses da livraria que falavam a respeito da corrupção que grassa no país. Havia um senhor alto e gordo, muito avermelhado, meio sufocado em um terno que, dedo indicador em riste apontando para o teto, brandia por justiça, pela apuração de responsabilidades e por punições severas para as “ratazanas do tesouro” – como dizia. “Desta vez, nada de pizza! Nada de pizza” , vociferava, com cara de quem devoraria sozinho uma calabresa, das grandes, e umas duas ou três portuguesas, das pequenas.
Deixei uns trocados no caixa e, segurando a relíquia, sai com passadas firmes. Nem esperei chegar em casa, vim lendo no metrô. Livrinho pequeno, dava jeito. Comecei a ler em pé, agarrado no balaústre. Pura sorte que logo na primeira parada um casal saltou. Fui rápido e conseguir me aboletar numa das vagas que foram abertas antes que outros competidores o fizessem.
Que livrinho delicioso! Nestor de Holanda Cavalcante Neto nasceu em 1921, em Vitória de Santo Antão (Pernambuco) e faleceu no Rio de Janeiro em 1970. Descendia do farmacêutico Nestor de Holanda Cavalcanti Filho e da médica Maria de Lourdes Galharda. de Holanda Cavalcanti. Sua vocação para as letras e para o jornalismo manifestou-se quando era bem jovem, tendo trabalhado em órgão da imprensa e lançado “Fontes Luminosas”, o seu primeiro livro, quando tinha 17 anos e residia em Recife. Em 1941 botou o pé na estrada e veio atrás de luz, do brilho e do espetáculo, migrando para cidade grande, para o Rio de Janeiro, então capital da República.
Chegou! Viu e venceu! Sentou praça e ganhou as divisas de Sargento. Mergulhou na boêmia e nas letras após dar baixa do Exército, com o fim da 2ª. Grande Guerra (1939 – 1945). Trabalhou em monte de jornais e revistas, entre os quais: A Noite, o Diário Carioca, a Última Hora e a Manchete. Neles, fez de tudo: foi foca, colunista e diretor. Escreveu para o teatro-rebolado, para o rádio e para a TV. Na música fez parceria com pesos pesados como Ari Barroso e Haroldo Barbosa.
Era um tempo de ouro. A imprensa não estava dominada por discursos monocórdios e de uma nota só como agora. A polêmica comia a solto. Desnecessário alinhar nomes de colunistas das diferentes áreas, tantos eram os bambambans. Portador de um estilo irônico, solto e combativo, o pernambucano de Vitória de Santo Antão, soube abrir caminho no meio daquela plêiade de astros. Retrata isso a quantidade de seus livros que estiveram entre os mais polêmicos e vendidos. Entre outros: Telhado de Vidro, A Ignorância ao Alcance de Todos, Diálogo Brasil Rússia e O Mundo Vermelho. Os dois últimos, produto de reportagens jornalísticas que fez na extinta União Soviética. E não dá para deixar de mencionar Memórias do Café Nice – um clássico sobre a boemia carioca.
O metrô estancou num relance. Caminhei um pouco e abri a porta de casa, disse um “oi” . Não olhei o noticiário e não quis saber se contas haviam sido pagas, nem se novas haviam chegado. Só sosseguei quando saboreei as últimas linhas daquele livro de Holanda. Onde passa boi passa boiada. Holanda imagina como seriam as empresas, os trabalhadores, os poderes, a sociedade, a religião, a educação, o comércio, a indústria e a agricultura em um hipotético Brasil socialista Abril de 1964 jogou aquilo tudo no chão, sonhos e utopias..
Assisti um jornal televisivo por volta da meia-noite. Houve o maior bang-bang a pouca distância de onde moro. E não é que o meu time perdeu outra vez? Puxa vida! Pelo andar da carruagem nosso técnico já era. Já vai tarde. Oxalá que desta vez dê com os burros n’água. Chega de derrota. Mas em compensação, a bolsa de valores de Tóquio teve uma ampla recuperação e tornou a subir. Gracias!

Aluízio Alves Filho – Revista Achegas

domingo, setembro 09, 2007

Francisco Rebolo - Um pintor Corinthiano

Paisagem com cavalos


REBOLO - 100 Anos
coord. Lisbeth Ruth Rebollo Gonçalves; Antonio Gonçalves
Ed USP

O livro Rebolo – 100 Anos é uma das homenagens organizadas pela Fundação Rebolo em parceria com a Edusp e Imprensa Oficial para comemorar o centenário de nascimento do artista. Ao lado de inúmeras reproduções de suas principais telas, o livro reúne ensaios dos críticos Olívio Tavares de Araújo, Elza Maria Ajzenberg, Antonio Gonçalves, Carlos Soulié do Amaral, Célia Campos, Lisbeth Rebollo Gonçalves, Sílvia Procópio Cajado, Francisco Luiz de Almeida Salles, que analisam aspectos da obra do artista, a sua paixão pelo futebol, e o seu envolvimento com o modernismo paulista como integrante do grupo Santa Helena. Completa o volume a transcrição de depoimento de Francisco Rebolo, em que rememora sua participação no futebol paulista.

A história do pintor

Filho de imigrantes espanhóis, Francisco Rebolo começou a trabalhar como pintor de parede e decorador. De 1917 a 1930, jogou como ponta-direita nos times de futebol do São Bento, Ypiranga e Corinthians. O último, inclusive, marcou a transição do artista dos gramados para as telas: é ele o autor do símbolo definitivo da equipe, acrescentando, na década de 30, a âncora e os remos ao então distintivo oficial, que trazia apenas o círculo em que flana a bandeira do Estado de São Paulo.
Um ano após “pendurar as chuteiras”, Rebolo passou a dedicar-se à “pintura de liso”, eufemismo para pintura de parede, e à profissão de decorador. Em 1933, optou pela pintura de cavalete e, no ano seguinte, alugou uma sala do Palacete Santa Helena – hoje demolido –, na Praça da Sé, centro de São Paulo, onde montou seu ateliê.
Quando passou a dividir uma segunda sala do edifício com Mário Zanini, aproximou-se de artistas como Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Clóvis Graciano, Fúlvio Pennacchi e Manuel Martins. Formou-se, assim, o núcleo de criadores “operários” batizado pela crítica de arte de Grupo Santa Helena.
Tachados de “acadêmicos” pelos modernos da “fase heróica” e de “futuristas” pelos acadêmicos, os santelenistas destacaram-se pelas preocupações com aspectos técnicos da pintura. Para Rebolo, por exemplo, era fundamental o estudo do acabamento e do caráter artesanal de seus quadros. No resgate da natureza-morta, gênero abandonado pelos primeiros modernistas, o artista privilegiou composições em que os objetos distribuídos sobre a mesa dividiam a cena com reproduções de telas famosas ao fundo. Deste período, destaca-se a obra “Composição”, de 1940, em que aparece reproduzido o quadro “Girassóis”, de Van Gogh.
Se para os modernistas de 22 as referências estéticas vinham da França, em especial, e da Alemanha, para os integrantes do grupo Santa Helena eram mais importantes os trabalhos originários da Itália, de grupos como o Valori Plastici e o Novecento, os dois cultores de uma pintura equilibrada e realista, próxima dos impressionistas e dos pós-impressionistas.
Acrescenta-se a essas características do “segundo modernismo” o pendor político, que, no caso de Rebolo, manifestou-se, também, em atuações fora da esfera do ateliê. Em 1936, o pintor participou da fundação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. No ano seguinte, encabeçou a Família Artística Paulista, junto a um grupo de artistas da cidade que defendem uma vanguarda “gradativa”, que não negue os precedentes. E, quase dez anos mais tarde, ajudou a fundar o Clube dos Artistas e Amigos da Arte, mais popular como Clubinho. A associação teve, até sua dissolução, no final dos anos 60, forte importância para a divulgação dos artistas de São Paulo.
Até fins da década de 40, Rebolo concentrou-se na confecção de paisagens ao ar livre, seja no interior do Estado de São Paulo, no litoral ou nos subúrbios paulistas, nos bairros paulistanos do Tremembé e do Cambuci. O interesse pela arquitetura ressaltou, em um primeiro instante, as estruturas unitárias de composição e a função construtiva de sua pintura. Depois, revelou-se espontânea, feita de tons suaves, sem fortes contornos na representação de árvores, nuvens e outros elementos. A influência maior aqui é de Cézanne. A primeira exposição individual ocorreu em 1944. Participa das três primeiras edições da Bienal de São Paulo. A natureza, a paisagem, norteou toda sua produção. A figura humana, quando entrou no campo da imagem, foi absorvida e envolvida ou pela imensidão da terra ou pelas manchas verdes.
O artista voltou ao rigor das paisagens urbanas quando viajou à Europa, em 1954, após vencer o Prêmio de Viagem ao Exterior do 3º Salão de Arte Moderna (1953), no Rio de Janeiro. Por dois anos, registra fragmentos da arquitetura européia, em particular a italiana renascentista. De volta ao Brasil, expõe, em 1957, no MAM, as telas pintadas na Europa.
Um enfarte aos 60 anos de idade o afastou da prática artística. Retornou ao trabalho em 1960 e, por cerca de cinco anos, dedicou-se ao desenho, à aquarela e à gravura, influenciado pelas pinturas etruscas. As tintas, então, foram mais encorpadas, alternando texturas e relevo com o uso de espátula. Na década seguinte, a pesquisa sobre volumes coloridos desembocou na retomada dos pincéis, do lirismo e da diluição dos elementos, próprios do início de carreira. Esta última fase, até os anos de 1980, foi pontuada por paisagens em óleo realizadas durante viagens ao nordeste, ao sul e ao litoral do país.

terça-feira, setembro 04, 2007

Meu novo livro


HISTÓRIAS DO RIO NEGRO
VERA DO VAL
O estilo é uma das grandes armas de Vera do Val neste livro. Aparentemente simples, sem grandes invenções, traz um clima regional forte e uma atmosfera de erotismo mesclado ao cotidiano dos povos ribeirinhos, o que torna sua fala encantada. O uso da linguagem criativa, a descrição psicossocial dos personagens, com toques de humor sutil e irônico mesclado com um lirismo amoroso e poético fazem de Histórias do Rio Negro um livro saborosamente brasileiro e especial.
Por: R$ 24,80
ISBN: 9788560156436
Número de páginas: 168
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