Pedro Páramo
Pedro Páramo
Juan Rulfo
Ed.Record
Juan Preciado por primeira vez vai a Comala, terra de seu pai, Pedro Páramo, cumprindo promessa feita a sua mãe, recém-falecida, que pede vingança. Chega a uma cidade abandonada. Em sua procura, encontra pessoas, convive com elas; em seguida alguém lhe diz que estão mortas. Por fim, chega à conclusão de que estão todos mortos e talvez ele mesmo esteja morto.
Lendo esta história podemos ver por que Juan Rulfo, apesar de sua pequena obra – escreveu apenas dois livros -, é considerado um dos maiores escritores de língua hispana: no romance de aproximadamente 170 páginas o autor consegue um resultado impressionante - depois do início relativamente convencional, a narrativa se torna complexa, misturando-se as vozes dos vivos às dos mortos; narradores alternam-se em primeira, segunda e terceira pessoa; tudo isso envolto na névoa do tempo, que avança e retrocede, como se na cidade deserta alguém gritasse despertando ecos, distorcendo o tempo, fazendo-o ressoar como cordas no espaço.
É nesse clima onírico, pleno de névoas, que Rulfo conduz o seu leitor com maestria. Há um casamento perfeito entre forma e conteúdo. E a história vai se formando como um quebra-cabeça, ou melhor, como um desenho em terceira dimensão, daqueles que exigem fixar a visão de um determinado modo por um certo tempo até que os olhos consigam ver.
Umberto Krenak - Blog do Conto
Juan Rulfo
Ed.Record
Juan Preciado por primeira vez vai a Comala, terra de seu pai, Pedro Páramo, cumprindo promessa feita a sua mãe, recém-falecida, que pede vingança. Chega a uma cidade abandonada. Em sua procura, encontra pessoas, convive com elas; em seguida alguém lhe diz que estão mortas. Por fim, chega à conclusão de que estão todos mortos e talvez ele mesmo esteja morto.
Lendo esta história podemos ver por que Juan Rulfo, apesar de sua pequena obra – escreveu apenas dois livros -, é considerado um dos maiores escritores de língua hispana: no romance de aproximadamente 170 páginas o autor consegue um resultado impressionante - depois do início relativamente convencional, a narrativa se torna complexa, misturando-se as vozes dos vivos às dos mortos; narradores alternam-se em primeira, segunda e terceira pessoa; tudo isso envolto na névoa do tempo, que avança e retrocede, como se na cidade deserta alguém gritasse despertando ecos, distorcendo o tempo, fazendo-o ressoar como cordas no espaço.
É nesse clima onírico, pleno de névoas, que Rulfo conduz o seu leitor com maestria. Há um casamento perfeito entre forma e conteúdo. E a história vai se formando como um quebra-cabeça, ou melhor, como um desenho em terceira dimensão, daqueles que exigem fixar a visão de um determinado modo por um certo tempo até que os olhos consigam ver.
Umberto Krenak - Blog do Conto
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