Os homens são necessários?
Maureen Dowd é uma famosa colunista do The New York Times, recebeu um prêmio Pulitzer pela cobertura do caso Clinton-Lewinski em 2004, publicou Bushworld: Enter at Your Own Risk, depois disso veio seu livro de ensaios, Are Men Necessary?, que provocou muito falatório nos Estados Unidos na época em que foi lançado. Eu não o li, só algumas partes aqui e ali na internet. Vi que este seu livro foi traduzido e publicado pela editora Nova Fronteira, o título é o mesmo que em inglês, Os homens são necessários? Na página da Nova Fronteira é possível ler o primeiro capítulo, é uma prosa divertida.
Eis a sinopse da página da Nova Fronteira:
“Apesar do espaço que as mulheres conquistaram no mercado de trabalho, elas ainda parecem se comportar como os homens querem. Sem medo da reação que podem causar essas e outras opiniões polêmicas, a colunista de política no New York Times Maureen Dowd trata dos rumos atuais da chamada guerra dos sexos no livro Os homens são necessários? Quando os sexos entram em choque, lançado pela Editora Nova Fronteira. A influente jornalista, vencedora do prêmio Pulitzer pela cobertura do impeachment do presidente Bill Clinton, trata do retorno aos hábitos femininos dos anos 1950 e de como o mundo masculino incorporou as artimanhas do sexo oposto para manter o poder.”
Num dos ensaios Maureen escreve:
“Nos anos 50 as mulheres passavam o aspirador. Hoje, elas são aspiradas. Os nossos aspiradores de pó voltaram-se contra nós.” (.....) “É o feminismo vencido pelo narcisismo.” Uma crítica à obsessão moderna pela aparência. Lembrei-me de uma revista besta que folheei outro dia na cabeleireira, mostrava a Sônia Braga toda refeita, linda mesmo, mas ri muito quando ela afirmava que o importante mesmo é o ‘ interior da pessoa’, a alma ou sei lá que baboseira. Well, é melhor ficar calada, não?
Alguns acharam o livro de Maureen muito exagerado, outros acharam que ela está querendo espezinhar ou que está repleto de anedotas. O interessante e inesperado é que muitas mulheres reagiram negativamente ao seu livro e enviaram muitas cartas à redação do The New York Times , a própria Maureen se disse surpresa com isso. Apesar das minhas observações o livro ainda não está na minha estante esperando na fila. Só fiquei curiosa depois de ler no jornal uma nota sobre ele. Se um dia desses eu me animar, volto com uma resenha.
Leila Silva Terlinchamp - Cadernos da Bélgica
Marcadores: autores americanos, Leila
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