sexta-feira, agosto 24, 2007

Deux amours cruelles

Junichiro Tanizaki
Prefácio de Henry Miller.
Stock, sept.2002, 159 pages

ISBN 2-234-5512-6

Este livro compreende duas histórias: l’histoire de Shunkin, et Ashikari, une coupe dans les roseaux.

Esta edição que li traz um prefácio interessantíssimo que não é de Mário de Andrade, mas de Henry Miller. Ele fala do seu amor pela arte e literatura japonesa e diz que elas têm sobre ele um efeito misto. “Tenho, às vezes, a sensação de que tudo aquilo se passa em outro planeta e fala de uma espécie que acaba de ser descoberta, outras vezes, sinto que tudo isto me é conhecido, que é a expressão mesma do homem original, a mais humana possível, a mais universal de todas as raças da terra.”

L’histoire de Shunki, a primeira das histórias, relata a vida de Koto Mozuya conhecida como Shunkin, filha de uma família rica. Shunkin tinha muitos talentos, a família a respeitava e investia nela. Aos nove anos, entretanto, Shunkin perde a visão e torna-se professora de música. Era extremamente exigente e punia com severidade seus alunos. Sasuke era aprendiz da família de Shunkin, apaixona-se por ela quando ainda menina, torna-se seu discípulo, atende todos os seus caprichos, mas não é aceito como esposo por causa de sua condição social inferior. Shunkin o aceita como amante e ainda assim, nunca assume publicamente a relação. Nada abale, porém, os sentimentos de Sasuke, ele comete os atos mais extremos por Shunkin. Quando ela, por causa de sua arrogância, é vítima de um atentado e seu belo e seu belo rosto fica, para sempre, desfigurado, Sasuke fura os próprios olhos para não vê-la naquele estado.

Ashikari, a segunda história, trata da vida de Oyu, uma jovem viúva impedida pela família do falecido marido de se casar novamente por causa da obrigação de cuidar de seu filho.
Leila S. Terlinchamp - Cadernos da Bélgica

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2 Comments:

Blogger Alexandre Kovacs said...

Nada mais apropriado do que uma introdução de Henry Miller para um livro de Tanizaki.

A citação também é muito apropriada, pois a universalidade está sempre presente nas características mais regionais (ver Graciliano Ramos, Garcia Marquez etc etc).

O tema de Shunkin me parece recorrente na obra de Tanizaki que sempre revela o verdadeiro cerne da questão através das "perversões" de uma sociedade fechada.

Parabéns por trazer sempre um tema original e interessante.

26 agosto, 2007 13:25  
Blogger Sonia Sant'Anna said...

Mais um autor japonês para conhecer. Acabo de ler pela primeira vez Murakami, e gostei. Gosto também de Mishima e de Kenzaburo Oue. Fora esses, não li nenhum outro.

28 agosto, 2007 11:33  

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